terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cartilhas de desenvolvimento de bebês na assistência pública e privada

Essa semana achei uma reportagem no site da Unimed que em 2010 lança a cartilha de desenvolvimento do bebê e autora cita " O desenvolvimento dos bebês encanta papais e mamães corujas, que muitas vezes surpreendem ao presenciar recentes habilidades adquiridas pelos filhos. muitas novidades acontecem logo ao primeiro ano, quando o desenvolvimento é mais rápido. Entre um e dois anos, o ritmo de crescimento começa a ficar mais lento, ma não emocionante e importante."
Na cartilha então, existem 3 tópicos que são muito importantes: O desenvolvimento, a alimentação e o desenvolvimento da fala. Cada um dos tópicos, destrincha as idades de 1 a 12 meses contanto um pouco sobre o que acontece em cada fase da criança.
Já no SUS não estamos nem um pouco atras da realidade de hospitais e assistências particulares, pelo contrario, as políticas para ensinar as mães e criação de cartilhas e cadernetas  vem crescendo a cada dia no âmbito publico.

Segue abaixo as cadernetas e cartilhas do SUS e da Unimed, para melhor leitura:

http://www.unimed.coop.br/portalunimed/cartilhas/desenvolvimento_bebe/index.html

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_5ed.pdf


Postado por Luana Cordeiro

domingo, 19 de outubro de 2014

Equipe do SUS pode diagnosticar doenças mentais precocemente



Equipe do SUS recebe treinamento
Equipe do SUS: estratégia sugerida pela OMS é a capacitação de profissionais de unidades de atenção primária à saúde



São Paulo – Um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD) desenvolveu, testou e comprovou a eficácia e a viabilidade de um treinamento para capacitar médicos e enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde (UBS) a identificar transtornos mentais em crianças e adolescentes.
O objetivo é oferecer ao sistema de saúde brasileiro um modelo de treinamento factível para melhorar o prognóstico dos problemas de saúde mental.
“Transtornos mentais são muito prevalentes na população geral, começam na infância, são fruto de alterações do desenvolvimento cerebral, podem se tornar crônicos e levar à incapacitação na vida adulta.
Uma das formas de mudar este cenário é capacitar profissionais do programa Saúde da Família para identificar precocemente aqueles que precisam de ajuda, prestar serviço e tratar os casos mais simples e encaminhar adequadamente os casos mais complexos”, disse Eurípedes Constantino Miguel Filho, professor titular e chefe do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do estudo “Promoção da Saúde Mental na Estratégia da Saúde da Família: intervenção precoce visando à prevenção dos transtornos mentais e seu impacto socioeconômico”.
Desenvolvido no âmbito do programa FAPESP de Pesquisa em Políticas Públicas para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), o trabalho se baseia na recomendação global da Organização Mundial da Saúde (OMS) de intervenção precoce para evitar o agravamento dos transtornos mentais na vida adulta.
A estratégia sugerida pela OMS é a capacitação de profissionais de unidades de atenção primária à saúde – voltados a ações preventivas, curativas e de atenção ao indivíduo e a comunidades –, que, no modelo assistencial brasileiro, equivale às equipes de Saúde da Família das UBS e inclui médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde.
Pesquisas apontam que a maioria dos adultos que tiveram problemas de saúde mental já apresentava sintomas durante a infância ou adolescência. Estatísticas brasileiras também indicam que entre 7% e 12% dos indivíduos com menos de 19 anos – o que corresponde a uma faixa de 4 milhões a 7,5 milhões de crianças e adolescentes – apresentam comportamentos que merecem atenção, podendo ou não configurar um transtorno com necessidade de algum tipo de tratamento.
Somam-se a esses números dois agravantes. O primeiro é a escassez de psiquiatras especializados em infância e adolescência. A Associação Brasileira de Psiquiatria aponta a existência de 300 desses profissionais no país, o equivalente a um psiquiatra para cada 75 unidades básicas de saúde. O segundo é a previsão da OMS de que, em 2020, os transtornos mentais serão a principal causa de incapacitação relacionada à perda de produtividade, causando dificuldades de aprendizado (no caso de crianças e jovens) e dificuldade de socialização e empregabilidade (no caso de adultos), além do sofrimento e prejuízo social para os pacientes e suas famílias.
Os sistemas de saúde devem estar preparados para identificar precocemente transtornos mentais. A pesquisadora Rosane Lowenthal, uma das responsáveis pelo treinamento do INPD, afirmou que é possível que uma criança que passa em consulta mais de uma vez com queixa de dor de barriga – ou dor de cabeça recorrente ou dificuldade de dormir –, e não apresenta nenhuma evidência clínica que justifique os sintomas, pode estar com um quadro de ansiedade ou estresse, por exemplo. Caso passe despercebido, o risco é se agravar e trazer complicações futuras.
Lowenthal disse que há serviços públicos especializados – como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) – que podem ser procurados diretamente pelos pais, sem necessidade de encaminhamento médico. Além disso, o projeto busca preparar as equipes das UBS para identificar e tratar casos mais simples.
Existe resistência, porém, em consultar um psiquiatra infantil e isso tem razões culturais. “Antigamente nem se falava em transtornos mentais na infância. Hoje ainda é comum pessoas não acreditarem que uma criança possa ser depressiva. Aceita-se que ela seja tristinha, quietinha, que não dê trabalho, mas dificilmente suspeita-se que, por trás desse comportamento, de caráter internalizante, possa haver indícios de algum transtorno”, disse Lowenthal.
Uma vez capacitadas, as equipes das UBS podem ajudar a ampliar os diagnósticos e a oferta de tratamento adequado também àqueles que resistem em buscar atendimento especializado por temer o estigma que circunda essas doenças.
Para o psicólogo Daniel Fatori, doutorando que colaborou com a pesquisa, os transtornos mentais na infância e adolescência podem ser diagnosticados precocemente na UBS e tratados adequadamente no próprio local ou, em casos mais graves, encaminhados para serviços especializados.
Jussara Mangini, da AGÊNCIA FAPESP

Link para reportagem completa: http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/equipe-do-sus-pode-diagnosticar-doencas-mentais-precocemente
Postado por: Camila Soukup

quinta-feira, 9 de outubro de 2014


Hospitais em xeque: o aumento no número de vagas é a principal demanda


Os desafios do Espírito Santo para os próximos quatro anos

Imagine que você está bem e, de repente, perde os movimentos das pernas e dos braços. Consciente, pede socorro e é atendido, levado para o hospital. Lá, passa dias deitado em uma maca no corredor, ainda sem poder se mover. Foi isso que aconteceu com Ivan Marques dos Santos, 29 anos.


"A prioridade tem que ser a saúde. O atendimento do Samu e dos médicos é bom, mas falta estrutura." Vera Lúcia, aposentada.

A tia dele, a aposentada Vera Lúcia Cabral, 52 anos, relata o drama do rapaz, que está internado no Hospital São Lucas, em Vitória.

“O médico disse que pode ter sido um derrame na medula óssea, mas para confirmar é preciso fazer todos os exames. Falta fazer a ressonância magnética, que era para ter sido feita com urgência, mas o médico disse que tem que esperar uns dois dias porque o exame é muito caro”, conta a aposentada.

A reportagem falou com Vera Lúcia na última quarta-feira. O exame foi feito, como previsto, somente na sexta. Naquele dia, ele continuava no corredor do hospital.

O corredor do São Lucas tornou-se um emblemático representante da situação da saúde pública no Estado e, principalmente, na Grande Vitória. “Tem tanto mosquito que parece que vão carregar a gente”, destaca Vera Lúcia. Ela diz que o atendimento por parte dos médicos e demais profissionais é bom. Critica apenas a estrutura do local.

O pronto-socorro do hospital funciona junto ao Hospital da Polícia Militar (HPM). A reforma do prédio original do São Lucas foi concluída, em parte, e falta levar de volta para lá o atendimento de emergência, o que não deve ocorrer em menos de um ano e meio.

O vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES), Aloízio Faria de Souza, classifica a área da saúde, de forma geral, como “um caos”.

“O grande culpado desse caos da saúde pública é o governo federal, que passou a responsabilidade para Estados e municípios. Saúde é uma coisa cara”, define Souza. Ele diz, no entanto, que Estado e municípios também têm sua parcela de culpa.

Um dos pontos-chave da questão é a falta de leitos. “Como não tem leitos suficientes na rede pública, o governo compra da rede privada e aí falta leito na rede privada também”, conta Souza. Hoje, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a rede estadual tem 8.394 leitos, sendo 2.828 adquiridos na rede particular.

Na Grande Vitória, um dos agravantes é a chegada de pacientes de outros municípios em busca de atendimento. “Aqui para o São Lucas vem gente de outras cidades e até de outros Estados. É um hospital de referência, não é?”, diz dona Vera Lúcia, contando sobre as conversas com parentes de outros pacientes internados no corredor.

“Não tem hospitais e clínicas de especialidades suficientes no interior. E os hospitais que existem a vigilância sanitária nem deveria deixar funcionar”, critica o vice-presidente do CRM.

Prioridade

Enquanto a aposentada que acompanha o sobrinho no corredor do São Lucas quer a construção de um hospital geral em Cariacica, cidade em que reside, Souza pondera que essa seria uma boa medida – que inclusive já está prevista – mas o primordial é investir no atendimento primário à saúde e nos centros de especialidades.

“Os prefeitos, em parceria com o Estado, têm que fazer clínicas de especialidades com tomografias, ressonância magnética, com capacidade de resolução. É mais barato tratar uma criança com gripe do que uma criança com pneumonia”, exemplifica. Atualmente, há uma política de cofinanciamento da atenção primária à saúde e parcerias para construir unidades de saúde da família.


POSTADO POR  : JUDSON JUNIOR