sábado, 20 de setembro de 2014

Conversando Sobre os Direitos da Criança e do Adolescente.

Trecho extraído de uma cartilha informativa do Ministério da Saúde sobre saúde da criança:

Direitos da Criança e do Adolescente

Os direitos das crianças e dos adolescentes estão assegurados mundialmente pela convenção dos direitos humanos e pelos protocolos facultativos reafirmados pelo Brasil na constituição federal (1988) e no Estatuto da Criança e do Adolescente ECA (Lei nº 8.069/1990), bem como em políticas setoriais do governo referentes à área de saúde. Esses direitos estão ameaçados em virtude da violência que é difundida em todo o tecido social, causando grande impacto na saúde da população, além de altos custos econômicos e sociais para o estado e para as famílias, com anos potenciais de vida perdidos.

Mortalidade por Causas Externas-Acidentes e Violências

As causas externas (acidentes e violências) foram responsáveis por 124.935 óbitos em 2006, representando 13,7% do total de óbitos por causas definidas. É a terceira maior causa de mortalidade na população geral. Apresenta-se como a primeira causa entre os adolescentes e crianças a partir de um ano de idade.

  • Crianças de 0 a 9 anos
Os acidentes de transporte (31,5%), afogamentos (22,7%) e os riscos à respiração (16,5%) se configuram como as principais causas de óbito. Nessa faixa etária as agressões (violências) aparecem como a quarta causa de mortalidade (Tabela 1)

Tabela 1:  Mortalidade proporcional entre crianças (0 9 anos) segundo causas externas definidas e faixa etária Brasil, 2006.



  • Adolescentes de 10 a 19 anos
As violências (52,9%), seguidas pelos acidentes de transporte (25,9%) e afogamentos (9,0%), são as principais causas de óbito nessa faixa etária. Esse perfil se repete nos adolescentes de 15 a 19 anos, no qual 58,7% dos óbitos foram por violências. Na faixa de 10 a 14 anos, as principais causas de óbitos foram os acidentes de transportes (35,9%).  (Tabela 2)

Tabela 2: Mortalidade proporcional entre adolescentes (10 19 anos) segundo causas externas definidas e faixa etária. Brasil, 2006.




BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Saúde da Criança: Materiais Informativos. Brasília, DF.

Postado por: Karoline Ronconi.

4 comentários:

  1. Esses dados são de extrema importância pois com eles tentamos diminuir as várias mortes que estão acontecendo com as crianças e adolescentes deste país. Dentre as causas externas com crianças com idades 0 a 9 anos a mais alta são os acidentes de transporte, o que poderia ser realizado é uma campanha educando a população para não deixar criança brincando na rua sozinha ou se for mais velha olhar para os lados e atravessar a rua com cuidado, uma campanha simples que pode ser propaganda na televisão, lugar onde surte mais efeito na reeducação da população. Já as causas externas nas crianças e adolescentes de 10 a 19 anos um dos maiores problemas são as agressões/violência estas podendo ser realizadas pelos pais, padrastos/madrastas, próprios jovens na rua etc, um problema um pouco mais difícil de ser solubilizado pois hoje em dia esta população jovem está em contato com a marginalidade e criminalidade deste país.

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  2. É importante o conhecimentos desses valores numéricos quando queremos discutir sobre mortalidade de crianças e adolescentes. Na primeira tabela a morte por acidentes que compõe o primeiro lugar nos monstra que crianças nessa idade necessitam de um cuidado mais atencioso para diminuir esses valores, sabemos que a ausência de acompanhamento médico, deficiência na assistência hospitalar, desnutrição, déficit nos serviços de saneamento ambiental estão entre as outras causas da mortalidade infantil.
    É triste e preocupante quando analisamos os valores de mortes por agressões nas idades de 10 a 15 anos, o que aponta que ainda necessita da conscientização e programas sociais para tirar as crianças e adolescentes das ruas afastando-os da criminalidade e reduzir esses valores. No Brasil é nítido a imagem de adolescentes menores de 15 anos no crime e que não podem ser pressos, pois por lei somente acima de 18 anos pode cumpri a pena, o que deve ser feito então através de politicas sociais pelos nossos governantes e algumas entidades olhar a importância da educação e coloca-lá em prática, isso pode trazer o desenvolvimento do nosso país tanto nas áreas de economia, política ou saúde, a educação é a resposta para muitas mudanças. Investir em educação é necessário, primordial e imprescindível.

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  3. Esta é uma realidade, triste e infeliz, que podemos constatar através dos dados divulgados pela nossas politicas publicas de saúde. Onde nossas crianças e adolescentes tem sofrido com a falta de efetividade de nossos governantes com essas leis falhas, que deveriam proteger e guardar nossos jovens.
    Tamanho descaso, pode ser constatado através dos acidentes por causas externas e violência. Principalmente a violência domestica onde as crianças são agredidas e abusadas por seu familiares, que deveriam protege-las, educa-las e ama-las. De que adiante ter seus direitos garantidos e assegurados pela convenção mundial, pela constituição do seu pais e no Estatuto da Criança e Adolescente(ECA); se as politicas publicas que deveriam assegurar tudo isso não é totalmente efetiva.

    Judson A.M.Jr

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  4. Esses dados são muito importantes, assim como o conhecimento dos mesmos, pois nos mostra que, para proteger a criança e o adolescente, temos que investir em muito mais áreas além da saúde e fazer com que diferentes setores possam trabalhar em conjunto, compartilhando informações para que possamos proteger e melhorar de forma plena a segurança das crianças do país.
    Temos sempre que buscar oferecer o melhor e diminuir os riscos para os jovens, pois esses são o futuro do país e têm direito a uma vida melhor, com educação e saúde de qualidade e segurança pública eficiente.

    Camila Soukup

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